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Vaporizadores, filtros, desengaçadores e máquinas de liofilização são apenas algumas das diferentes maquinarias que Jorge Carmo tem vindo a restaurar desde que começou a trabalhar no Museu do Vinho, já lá vão três anos. O sexagenário tem funções de “conservação das infraestruturas e do acervo” do museu, mas vai mais além. Natural de Viseu, mas com raízes na freguesia da Cela, o restaurador procura “deixar os objetos que repara o mais próximo do estado original possível”.
Contudo, como conhece as máquinas “desde sempre” e “sabe ver como funcionam”, Jorge Carmo confessa ter “alguma facilidade” em dar uma nova vida aos artefactos. Durante o processo moroso de restauro, o “celense” por afinidade documenta todos os passos da conservação com dezenas de fotografias.
O perito em maquinaria, que já trabalhou em países tão invulgares como Iraque e Israel, diz “reparar peças com um objetivo industrial”, ou seja, “como se fossem para uma fábrica, no sentido de estarem totalmente funcionais”. Sem esconder o “gosto pelo trabalho” que desenvolve e, aos 63 anos de idade, recusa-se a pensar na reforma. O “problema” agora, aponta Alberto Guerreiro, é mesmo encontrar “espaço para expor todas as peças restauradas”.
O responsável adianta que já foram totalmente restauradas cerca de “oito dezenas de objetos”, que estão “totalmente operacionais”. Entre “maquinaria e vários artefactos”, o trabalho de Jorge Carmo, licenciado em Eletromecânica, tem permitido que o espaço museológico exponha várias peças, que, de outra forma, não estariam acessíveis ao público.
O Museu do Vinho de Alcobaça, que tem a maior coleção vitivinícola em espaço museológico do País, reabriu em 2013 e, desde então, o “grande desafio” tem sido “desenvolver um programa para o reativar”. Dia após dia, Jorge Carmo monta e desmonta peças antigas para dar uma segunda vida ao acervo do museu.
Fonte: Região Cister