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Herdeira de um património único de Moscatéis de Setúbal, a José Maria da Fonseca reserva, desde a sua fundação em 1834, as melhores colheitas deste generoso. É na Adega dos Teares Velhos, em cascos de madeira, que os Moscatéis de Setúbal vão envelhecendo, alguns estão lá há mais de um século. Este ano, no âmbito da comemoração dos 184 anos da José Maria da Fonseca e dos 100 anos do nascimento de Fernando Soares Franco, rosto da 5ª geração à frente da José Maria da Fonseca, a família irá lançar 184 garrafas numeradas de Moscatel Roxo de Setúbal Superior 1918, levando apenas 100 a leilão. O lançamento, feito através de leilão, será dia 25 de outubro, na Casa Museu da José Maria da Fonseca, em Vila Nogueira de Azeitão.
A história e o carácter deste vinho centenário, limitado e raro, fascina os especialistas e colecionadores de vinho, mas também verdadeiros apaixonados pela história e cultura vínica. Para celebrar este lançamento único a Casa Museu José Maria da Fonseca prepara um jantar nas Caves, limitado a 70 lugares, que antecede o leilão. Por 60€ poderá inscrever-se no jantar e participar no leilão, que está a cargo do Palácio do Correio Velho. “Para enriquecer o Leilão, para além das garrafas de Moscatel Roxo de Setúbal Superior de 1918, estarão em licitação num total de 34 lotes outras colheitas antigas de Moscatel de Setúbal e aguardentes, uma garrafa de Apothéose, um Bastardinho de Azeitão com mais de 80 anos, do qual irão apenas ser produzidas 40 garrafas.
A sexta e sétima geração da família à frente da José Maria da Fonseca reuniu-se para escolher o Moscatel que melhor pudesse homenagear Fernando Soares Franco, membro da 5ª geração da família e grande apaixonado pela viticultura mundial. Na viticultura nacional destaca-se a sua paixão pela casta Moscatel Roxo de Setúbal, tendo evitado a extinção desta variedade durante as décadas de 70 e 80. No vasto leque de possibilidades a escolha recaiu no Moscatel Roxo de Setúbal de 1918 que estava classificado com a letra mais nobre e que mais se destacava, a que atribuía a designação do Superior. A data de colheita, coincidente com o nascimento de Fernando Soares Franco, e a excecionalidade do Moscatel Roxo de Setúbal 1918 foram decisivos para a escolha dos filhos e netos como o mais honroso Moscatel a lançar este ano.
A José Maria da Fonseca possui um património ímpar de Moscatéis de Setúbal, assumindo com isso uma enorme responsabilidade na preservação não só da coleção de colheitas que cuidadosamente envelhecem na Adega dos Teares Velhos como na preservação do património cultural e histórico da produção de Moscatéis de Setúbal. Parte desta cultura mantém-se viva com a continuação das tradições como é o caso das seculares provas e classificações de cada colheita, que até hoje são marcadas em determinadas categorias, ora por letras, ora por palavras, como dos Leilões de Moscatel de Setúbal da José Maria da Fonseca. Iniciados no século XIX, estes leilões foram frequentes até à primeira metade do século XX. Após algumas décadas de interregno a 6ª geração da família retomou a tradição em 2008, com o lançamento do Moscatel Roxo Superior de 1960. Depois deste regresso aconteceram mais dois lançamentos em 2011 e 2014, do Moscatel de Setúbal Superior de 1955 e do Moscatel de Setúbal Superior 1911, respetivamente. Para o quarto leilão do século XXI, a José Maria da Fonseca manifesta um enorme orgulho e uma honra em apresentar uma edição especial e comemorativa com o Moscatel Roxo de Setúbal Superior de 1918.
fonte: José Maria da Fonseca