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Prémios: ‘Grandes Escolhas’ no vinho e na gastronomia em Portugal já são conhecidas
O jantar e a cerimónia de anúncio e entrega dos ‘Prémios Grandes Escolhas’ teve lugar, ontem, dia 15 de Fevereiro, no Centro de Alto Rendimentos de Anadia (Velódromo Nacional), em plena Região Demarcada da Bairrada. Organizado pela revista Grandes Escolhas, reuniu cerca de 1000 pessoas, que puderam testemunhar momentos de júbilo por parte dos galardoados com os ‘Troféus Grandes Escolhas’ e conhecer o ‘Top 30 Grandes Escolhas’, baseado nos melhores entre os melhores vinhos provados em 2018.
Começando pelos ‘Troféus Grandes Escolhas’, o prémio ‘Senhor do Vinho’ foi entregue a Paul Symington. Esta importante distinção é atribuída a quem extravasou as expectativas no mundo vitivinícola e este homem – escocês de nascimento, mas duriense de alma – fá-lo ao desenvolver o património vinhateiro de um dos maiores grupos associados ao vinho do Porto, a Symington Family Estates, eleita, também ela, como ’Empresa Vinhos Generosos’.
Porque vinho e comida são uma dupla inseparável à boa mesa portuguesa, passamos para o ’Prémio David Lopes Ramos’ dado à dupla Licínia Ferreira e Paulo Rodrigues, do restaurante Rei dos Leitões, na Mealhada.
O produtor e enólogo António Maçanita arrecada, por sua vez, o prémio ‘Singularidade’. A razão para esta eleição está associada aos projectos que tem vindo a implementar no mundo do vinho, assim como pela ousadia, criatividade e determinação demonstrada desde o início da sua carreira profissional, aos 24 anos. Na linha da enologia está garantido o troféu ’Enólogo’, repartido, este ano, por Celso Pereira e Jorge Alves, quer pelo trabalho individual que fazem em diferentes produtores, quer no âmbito do projecto Quanta Terra partilhado pelos dois; e o galardão ‘Enólogo Vinhos Generosos’ foi para António Agrellos, pelos Porto Vintage e Tawny da Quinta do Noval que saíram das suas mãos no ano passado. Já que o vinho é fruto da vinha, é de convir anunciar o prémio ‘Viticultura’ atribuído à Quinta do Crasto, propriedade duriense da família Roquette, apostada numa viticultura de precisão, com profundo respeito pelo terroir.
O prémio ‘Produtor Revelação’ foi para a Região Demarcada dos Vinhos Verdes, Monção e Melgaço, “à boleia” de Miguel Queimado, mentor do projecto MQ Vinhos, produzidos na Quinta do Mato, propriedade da família desde 1683. O galardão de ‘Produtor’ é, por seu turno, para o Monte da Ravasqueira, o projecto vitivinícola da família Mello em Arraiolos, no Alentejo, graças ao profissionalismo e qualidade dos vinhos apresentados. O troféu ‘Cooperativa’ já está nas mãos da Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico, nos Açores, devido à crescente qualidade e identidade dos vinhos aqui produzidos.
Na categoria ‘Organização’ ganha o prémio a associação de produtores ‘Baga Friends’, cujo objectivo consiste em promover a casta rainha da Bairrada, bem como impulsionar a região, quer no nosso país, quer além fronteiras. As Casas do Côro, em Marialva, ganham na categoria de ‘Enoturismo’, pelo seu forte impacto na área do turismo e, consequentemente, do vinho.
Do campo passamos para a cidade, com a Garrafeira 5 Estrelas, em Aveiro, a ganhar o prémio ‘Garrafeira’, e o Club del Gourmet do El Corte Inglès de Lisboa a receber o galardão de ‘Loja Gourmet’. Em contrapartida, é na aldeia de Quintadona, no concelho de Penafiel, que está a Casa da Viúva, a vencedora do prémio ‘Wine Bar’.
Premiado o restaurante Feitoria, no Altis Belém Hotel & Spa, em Lisboa, a destacar-se na categoria de ‘Restaurante’, graças ao estilo depurado da cozinha do chef João Rodrigues que, há dez anos, se mantém de pedra e cal nesta casa. A grande escolha do ‘Restaurante Cozinha Tradicional’ é a Taberna Ó Balcão, do chef Rodrigo Castelo, em plena cidade de Santarém; e o ‘Restaurante Cozinha do Mundo’ – a novidade desta edição – fica para o espaço de restauração dedicado à cozinha chinesa, o The Old House, no Parque das Nações. Ainda dentro da esfera da restauração, mas já na categoria de ‘Sommelier’, é de enaltecer o trabalho de Ivo Peralta, o escanção do Epur, a cozinha do chef Vincent Farges, no Chiado, em Lisboa.
O ’Top 30 Grandes Escolhas’, outro dos momentos mais aguardados da noite de gala, reúniu os melhores entre os melhores em cada região e categoria. Nesta lista estão um espumante de Trás-os-Montes, três referências vínicas da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, dois dos quais da sub-região de Monção e Melgaço. Há, ainda, seis vinhos do Douro – cinco tintos e um branco –; quatro tintos do Dão; dois tintos e um branco da Bairrada; um do Tejo; um da Península de Setúbal; quatro tintos e um branco do Alentejo. Nos generosos constam quatro vinhos do Porto, da categoria Vintage, um vinho Moscatel e um vinho Madeira.
fonte: Vinho Grandes Escolhas