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Herdade Aldeia de Cima vence prémio “PRODUTOR REVELAÇÃO DO ANO"
Data:
11 / 02 / 2022
A Herdade Aldeia de Cima foi distinguida com o prémio “Produtor Revelação do Ano” na gala “Os Melhores do Ano” da Revista dos Vinhos
Projeto pessoal do casal Luisa Amorim e Francisco Rêgo, em plena Serra do Mendro, linha de fronteira entre o Alto e o Baixo Alentejo, a Herdade Aldeia de Cima nasceu de um sonho antigo, que começou a dar os primeiros passos em 2017. A energia e tenacidade de um é complementada pelo rigor e ponderação de outro, complementando-se na atenção ao detalhe e busca pela qualidade.
"Começámos este projeto num Alentejo que tentamos que seja um Alentejo diferente. Sentimos o chamamento para desenvolver mais nesta grande região tão fustigada pela seca, tentando contribuir para fazer a diferença. Com um trabalho baseado na cultura e na diversidade alentejanas, escolhemos o nosso próprio caminho. Acredito que este é um projeto muito interessante, pois tivemos a possibilidade de desenhar num papel em branco, pensar que castas poderíamos utilizar, que vinhos poderíamos fazer, trabalhando a inovação mas sempre tendo como base a tradição alentejana que é tão diferente de todas as outras regiões demarcadas", salientou Luisa Amorim ao receber o prémio “Produtor Revelação do Ano” entregue durante a gala “Os Melhores do Ano”, organizada pela Revista dos Vinhos.
O Alentejo é uma região de poucos recursos, mas é a única região vinícola nacional com quase todos os tipos de solos existentes em Portugal. E nos 2400 hectares desta propriedade, essa é uma realidade bem evidente, pois não existe um pedaço de terra igual ao outro. Com uma biodiversidade singular, a Herdade Aldeia de Cima e as terras altas da Serra do Mendro possuem uma enorme extensão de sobro e azinho e solos tipicamente de aproveitamento mediterrânico, ricos em xisto e aparentemente pobres, mas com uma enorme diversidade. Foi precisamente o respeito pelos seus elementos primários – solo, clima, casta – que orientou a equipa de enologia da Herdade Aldeia de Cima para a ideia da criação de vinhos que preservam a história do lugar. Nos 36 microterroirs da Herdade, procuram-se as texturas finas, as notas minerais, os aromas intensos a fruta fresca e a bosque mediterrâneo, a complexidade que os perfumes das castas locais cultivadas em altitude misturam com os sabores oriundos dos solos de encostas ensolaradas, onde as temperaturas moderadas pelos frescos ventos do Atlântico originam um Alentejo diferente – num projeto pioneiro agora reconhecido.
O Alentejo é uma região de poucos recursos, mas é a única região vinícola nacional com quase todos os tipos de solos existentes em Portugal. E nos 2400 hectares desta propriedade, essa é uma realidade bem evidente, pois não existe um pedaço de terra igual ao outro. Com uma biodiversidade singular, a Herdade Aldeia de Cima e as terras altas da Serra do Mendro possuem uma enorme extensão de sobro e azinho e solos tipicamente de aproveitamento mediterrânico, ricos em xisto e aparentemente pobres, mas com uma enorme diversidade. Foi precisamente o respeito pelos seus elementos primários – solo, clima, casta – que orientou a equipa de enologia da Herdade Aldeia de Cima para a ideia da criação de vinhos que preservam a história do lugar. Nos 36 microterroirs da Herdade, procuram-se as texturas finas, as notas minerais, os aromas intensos a fruta fresca e a bosque mediterrâneo, a complexidade que os perfumes das castas locais cultivadas em altitude misturam com os sabores oriundos dos solos de encostas ensolaradas, onde as temperaturas moderadas pelos frescos ventos do Atlântico originam um Alentejo diferente – num projeto pioneiro agora reconhecido.
Quanto à adega da Herdade Aldeia de Cima, que a própria Revista de Vinhos qualifica como “uma das mais notáveis que podemos ver atualmente em Portugal”, está marcada pelo encontro entre o passado e o futuro, proporcionando uma enologia de intervenção mínima, onde se pretende evidenciar a heterogeneidade e o diferente carácter das micro parcelas, solos e castas. Aqui definiu-se que a fermentação dos vinhos em balseiros de carvalho de 3000 litros, em cubas de cimento Nico Velo seria essencial para projetar uma adega com capacidade para 100.000 garrafas. Procurou-se a ancestralidade e a tradição na sala de estágio, encontrada nas pequenas tinajas de terracota, em que não existe uma peça igual à outra, nas ânforas produzidas com pó cerâmico sobre uma estrutura de fibras naturais, o chamado cocciopesto, e em foudres ovais de Taransaud. Desde o início ficou claro que as barricas tinham de ser de 500 litros, com um efeito de volume médio a respeitar a origem e as características das uvas da Vidigueira.
fonte: Revista de Vinhos