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No seu quinto ano, e mesmo com a greve dos camionistas brasileiros à mistura, o Vinhos de Portugal no Rio teve enchentes e os produtores acreditam que, no que diz respeito ao consumo do vinho português, já não há dúvidas de que o Brasil está a mudar.
Os produtores de vinho portugueses presentes na quinta edição do Vinhos de Portugal no Rio concordam que o contacto com o consumidor final é a grande mais valia do evento, e aproveitar todas as oportunidades para explicar as complexidades do vinho português, das suas muitas castas à enorme variedade de terroirs. E, cada vez mais, os brasileiros mostram-se interessados e empenhados em aprender tudo o que conseguirem nos três dias do evento, que começou sexta-feira e terminou domingo no Casa Shopping, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, e que é organizado pelos jornais PÚBLICO, de Portugal, O Globo e Valor Económico, do Brasil, em parceria com a ViniPortugal.
“O interesse pelo vinho português é altíssimo”, garante Tony Smith, da empresa Lima & Smith (Quinta da Boavista, Quinta da Covela e Quinta das Tecedeiras). Embora os vinhos deste produtor tenham estado presentes desde a primeira edição, este é o primeiro ano que Tony vem pessoalmente e, quando o encontramos, durante uma das sessões de duas horas do mercado dos produtores, está rouco de tanto falar. “É fundamental falarmos sobre as uvas nativas, as pessoas perguntam-nos muito pelas castas”. Já ninguém aparece no Vinhos de Portugal à procura de Cabernet Sauvignon ou de Syrah, muitos são já frequentadores habituais do evento e identificam facilmente castas mais conhecidas como a Touriga Nacional ou o Alvarinho – e, cada vez mais, outras, como o Arinto ou até o Encruzado.
Fonte: Fugas