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A estimativa do aumento de produção foi feita pelo presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CRVB), Pedro Soares, e tem como base o crescimento "entre 25 a 30 por cento" da venda na região demarcada dos selos de garantia do Instituto da Vinha e do Vinho.
O Selo de Garantia certifica em cada garrafa a autenticidade e genuinidade do vinho das regiões demarcadas, garantindo a sua origem e o controlo rigoroso efetuado a todas as fases do processo de produção.
Em 2015, ano em que se assinalaram 125 anos de produção de espumantes na Bairrada, a venda de selos na região deverá ter rondado os dois milhões de unidades, contra pouco mais de um milhão e meio em 2014.
"O ano de 2015 foi muito positivo", diz Pedro Soares, que espera que as suas estimativas sejam confirmadas a curto prazo pelos dados oficiais do Instituto da Vinha e do Vinho, que vai divulgar este mês os números de produção de vinho por regiões demarcadas.
Na semana passada, o IVV divulgou os totais nacionais, que apontam para a produção de mais de sete milhões de hectolitros de vinho em 2015, o que representa um aumento de 13% face à campanha anterior.
De acordo com dados oficiais, quase dois terços dos vinhos espumantes nacionais são produzidos na Bairrada, região que é responsável pela venda anual de cerca de 5,5 milhões a 6 milhões de garrafas.
A percentagem de vendas em mercados externos ainda é reduzida, entre os 8% e os 11%, tendo como principais países de destino Angola e Brasil, mas os responsáveis da CRVB acreditam que é possível alterar esta situação a médio prazo, tendo em conta a cada vez maior aceitação que os vinhos da Bairrada (espumantes e os chamados "vinhos tranquilos", sem gás) estão a obter no mercado internacional.
Neste sentido, em 2015 a CRVB apostou fortemente no projeto Baga, definindo critérios para a consolidação de um espumante monovarietal feito a partir da casta Baga, dominante na região.
O projeto, a que aderiram numa primeira fase os enólogos de algumas da principais caves da região (Primavera, Aliança Messias, São João, Quinta do Encontro) e os produtores Luís Pato e António Selas, passa por criar um produto diferenciado com novas regras e uma identidade gráfica própria, a fim de promover a região no país e além-fronteiras.
Fonte: RTP