Premiado
Selecção Fórum
Periquita Superyor
Tinto
2015
Península de Setúbal
Preços
Sócio
38,00 Gfa
114,00 Cx
Não Sócio
40,00 Gfa
120,00 Cx
Vendido em cx de 3 gfa x (0,75l)
  • Notas de prova
  • Prémios
Cor rubi aberto com laivos atijolados. Aroma complexo, muito harmonioso, um “sous-bois” a evidenciar a boa evolução em garrafa, leve frutado, notas balsâmicas e de boa madeira. Na boca é suave, redondo e estruturado, com bom corpo e bons taninos. Final persistente, longo, marcado pela madeira.

95 pts (Robert Parker – The Wine Advocate)
Medalha de Ouro  - Fórum de Enólogos Junho 2022

Designação Oficial: 
Regional

Temperatura de Serviço: 

14/16ºC

Teor alcoólico: 

14.00%vol

Longevidade: 

15 anos

Harmonizações: 

  • Carnes vermelhas ou queijos.

Situações de consumo: 

Com a refeição
Observações de consumo: 
Este vinho irá criar depósito com o passar do tempo
Vinificação: 
Pisa a pé. Fermentação com algum engaço a 28ºC em lagares de 3,000 Kg. Estágio de 12 meses em em cascos de 225L de carvalho Francês.
  • Castas
  • Região
  • Enólogo
  • Produtor

Cabernet Sauvignon

Castelão

Tinta Francisca

Península de Setúbal

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Terão sido os Fenícios e os Gregos que trouxeram do Próximo Oriente bastantes castas para esta região e que, achando o clima ameno, as encostas da Arrábida e a zona ribeirinha do Tejo propícias ao cultivo da vinha, se lançaram no seu plantio. Mais tarde, os romanos e os Árabes deram grande incremento à cultura da vinha nesta península.

Com a fundação do reino de Portugal, vieram outros povos, nomeadamente os Francos, povo de antiquíssimas tradições vitícolas, que incrementaram a produção de vinho nesta região, tradição que ainda hoje prevalece.

Situada no litoral Oeste a Sul de Lisboa, é nesta região vitivinícola que se produz o famoso e tão apreciado Moscatel de Setúbal.

 

Esta região pode dividir-se em duas zonas orográficas completamente distintas: uma a Sul e Sudoeste, montanhosa, formada pelas serras da Arrábida, Rosca e S. Luís, e pelos montes de Palmela, S. Francisco e Azeitão, estes recortados por vales e colinas, com altitudes entre os 100 e os 500 m. A outra, pelo contrário, é plana, prolongando-se em extensa planície junto ao rio Sado.

O clima é misto, subtropical e mediterrânico. Influenciado pela proximidade do mar, pelas bacias hidrográficas do Tejo e do Sado, e pelas serras e montes que se situam na região, tem fracas amplitudes térmicas e um índice pluviométrico que se situa entre os 400 a 500 mm.

Os solos são argilo-arenosos ou franco-argilo-arenosos, calcários com ligeira alcalinidade, alguns deles compactos e férteis.

A qualidade dos vinhos desta região justificou o reconhecimento das Denominações de Origem Controladas "Setúbal" para a produção do vinho generoso, e "Palmela", na qual, para além dos vinhos branco e tinto, se inclui também a produção de vinho frisante, espumante, rosado e licoroso.

O Vinho Regional "Terras do Sado" produz-se em todo o distrito de Setúbal.

 

Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho, I.P.

Observações dos produtores acerca deste vinho: 
A história do Periquita remonta ao início da própria história da José Maria da Fonseca, quando o fundador da empresa, o Senhor José Maria da Fonseca comprou, por volta de 1846, a propriedade Cova da Periquita. Foi nessa propriedade, hoje em dia quase engolida pelo desenvolvimento urbano, que José Maria da Fonseca plantou as primeiras uvas da casta Castelão, que ele próprio havia trazido da província do Ribatejo. O vinho produzido na Cova da Periquita desde logo provou ser o melhor da região dando origem a que os outros proprietários pedissem a José Maria da Fonseca varas daquela casta para plantarem nas suas próprias propriedades. Desta forma, o vinho tornou-se conhecido em Azeitão como o vinho da Periquita, passando a ser comercializado pela José Maria da Fonseca como Periquita.

José Maria da Fonseca Vinhos

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Fundada em 1834 por José Maria da Fonseca, é a mais antiga empresa portuguesa produtora de vinhos de mesa e Moscatel de Setúbal. A família Soares Franco, proprietária da empresa desde há mais de 170 anos, tem assumido um papel determinante no sector vinícola nacional.

José Maria da Fonseca nasce na região do Dão, em Nelas, a 31 de Maio de 1804. Depois de se formar bacharel em matemática na Universidade de Coimbra, estabelece-se em Vila Nogueira de Azeitão onde funda a empresa com o seu nome em 1834. Até ao seu falecimento (1884), José Maria da Fonseca, com a formação intelectual e espírito inovador, introduziu na indústria do vinho aspectos tão essenciais como a utilização do arado ou a comercialização do vinho em garrafas. Outro aspecto pioneiro foi a criação de marcas, Moscatel de Setúbal (1849), Periquita (1850) e Palmela Superior (1866) demonstrando um cuidado especial na apresentação do vinho.Para além do aumento das vendas e expansão das exportações, o reconhecimento da modernidade, asseio e eficiência "das instalações vinárias do senhor Fonseca" foram largamente comentados e elogiados. Como resultado em 1857 o rei D. Pedro V conferiu-lhe a Ordem da Torre e Espada de Valor, Lealdade e Mérito.

O Brasil cedo se tornou o principal destino dos vinhos da José Maria da Fonseca, tendo chegado mesmo a ter uma delegação no Rio de Janeiro. Este aumento da procura levou à necessidade de compra de vinhas, não só na região de Azeitão (Quinta de Camarate), como noutras regiões (Vinhas Viúva Gomes em Colares). No final dos anos 20, a recessão económica mundial e o período de instabilidade vivido no Brasil levam à venda de algum do património da empresa (como foi o caso das Vinhas Viúva Gomes, na região de Colares).

A recuperação económica e comercial da empresa chega marcada pelo génio de um grande enólogo – António Porto Soares Franco – diplomado em Montpellier e criador dos roses Faísca (1937) e Lancers (1944). O Faísca era um sucesso no mercado interno e as vendas de Lancers nos EUA não paravam de crescer (no final dos anos 60, vendiam-se nos EUA um milhão de caixas de Lancers).
Em 1945 é introduzido o primeiro vinho branco de grande sucesso no mercado nacional, Branco Seco Especial (BSE) e em 1959, é lançada a marca Terras Altas com vinhos do Dão. Os vinhos "Pasmados", inicialmente conhecidos como Branco Velho e Tinto Velho, adquirem a sua identidade própria também em 1959.

Neste período é criada uma empresa de distribuição de vinhos - a Sileno - e é feita uma joint-venture com a americana Heublein para a produção do Lancers - sendo criada a J. M. da Fonseca Internacional Vinhos. No início dos anos 80, com os resultados da venda à Heublein da sua parte na J. M. da Fonseca Internacional Vinhos, são feitos novos investimentos: aquisição de vinha (Casa Agrícola José de Sousa Rosado Fernandes, em Reguengos e da Vinha Grande de Algeruz, em Setúbal) e modernização de todo o processo de vinificação, estágio e envelhecimento dos vinhos.

É também neste período que a sexta geração da família, representada por António Soares Franco, presidente da companhia, e o seu irmão Domingos Soares Franco, vice-presidente e responsável pela enologia assume o comando da JMF. Em 1996, a empresa volta a adquirir à IDV (antes Heublein) a marca Lancers e as instalações da J.M. Fonseca Internacional Vinhos.

Outro grande investimento foi a construção de um dos mais modernos centros de vinificação da Europa que, com uma capacidade para vinificar 6,5 milhões de litros de vinho, dá resposta às crescentes exigências de um mercado cada vez mais competitivo. Paralelamente a José Maria da Fonseca foi a primeira empresa de vinhos de mesa portuguesa a obter a exigente Certificação da Qualidade ISO 9002.

Entre 1997 e 1999 são lançadas as marcas Periquita Clássico, Primum, Colecção Privada DSF e Trilogia. Dá-se também a compra da Quinta das Faias e inicia-se a construção do Centro de Vinificação Fernando Soares Franco (inaugurado em 2001). Em 2000 é criada a José Maria da Fonseca & van Zeller S.A. e adquirida no Douro a propriedade Vale da Mina e em 2001 dá-se o relançamento da marca Vinya e o lançamento das marcas Septimus e Fernando Soares Franco Garrafeira. As marcas Domini, Domini Plus e Porto Vintage são lançadas em 2002.