Barca do Inferno Reserva
Tinto
2021
Lisboa
Preços
Sócio
9,50 Gfa
57,00 Cx
Não Sócio
10,00 Gfa
60,00 Cx
Vendido em cx de 6 gfa x (0,75l)
  • Notas de prova

Cor rubi intensa. Aroma de fruta vermelha madura, pimenta preta e especiarias.

Boca com bom volume, fresco e harmonioso, poderoso com alguma (boa) rusticidade.

Final persistente.

Designação Oficial: 
Regional

Temperatura de Serviço: 

15/17ºC

Teor alcoólico: 

14.50%vol

Longevidade: 

8 a 9 anos

Harmonizações: 

  • Carnes vermelhas grelhadas e peixes gordos no forno ou grelhados

Situações de consumo: 

Com a refeição
Vinificação: 
Vindima noturna com mistura de uvas no lagar, pisada a pé na madrugada seguinte. 20% do vinho estagia em barricas de carvalho americano e nos restantes 80% em cubas de cimento.
  • Castas
  • Região
  • Enólogo
  • Produtor

Cabernet Sauvignon

Sousão

Lisboa

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A cultura da vinha na Idade Média, a partir do Sé. XII, desenvolveu-se consideravelmente, principalmente devido à acção de diversas Ordens Religiosas, com particular destaque para Alcobaça, onde os seguidores de S. Bernardo se instalaram no mosteiro mandado erigir pela Ordem de Cister.

O principal objectivo na altura era a elaboração de vinho para celebração das missas, tendo os vinhos da então chamada Estremadura alcançado grande consumo e prestígio, tornando-se num dos produtos de maior peso na actividade económica da região.

Identificada como uma das maiores regiões vitivinícolas do país em termos de área de vinha e de produção de vinho, a área da região de produção da Indicação Geográfica Lisboa abrange todos os concelhos da faixa atlântica a Norte do estuário do Tejo, confinando a Norte com a Beira e a Leste com o Ribatejo.

O relevo não é muito elevado, excepto a Sul, onde aparecem alguns estratos de basalto e de granito e a região assenta, na sua quase totalidade, em formações secundárias de argilo-calcários e argilo-arenosos; por sua vez, o clima é temperado, sem grandes amplitudes térmicas, com uma queda pluviométrica anual que se situa entre os 600--700 mm.

Na zona Sul da região encontram-se as zonas vitícolas de três Denominações de Origem conhecidas pela sua tradição e prestígio: são elas, caminhando de Leste para Oeste, Bucelas, Carcavelos e Colares.

Na parte central da região, encontramos as mais vastas manchas de vinha desta região, instaladas nas encostas suaves das colinas, onde para além do Vinho com Indicação Geográfica Lisboa foram reconhecidas pelas suas características de elevada qualidade as Denominações de Origem "Alenquer", "Arruda", "Torres Vedras" e "Óbidos".

Junto ao mar é de referir uma zona produtora de vinhos particularmente vocacionados para a produção de aguardentes de qualidade e que mereceram o reconhecimento da Denominação de Origem "Lourinhã".

Na zona mais a Norte, distingue-se uma vasta região de vinha que se estende desde as encostas das serras dos Candeeiros e de Aires até ao mar. Ali, produzem-se os vinhos com direito à Denominação de Origem "Encostas d'Aire" as sub-regiões desta DO, "Alcobaça" e "Ourém".

De assinalar ainda a Indicação Geográfica Lisboa para os vinhos tintos, brancos e rosados produzidos em toda a região; para além do "Vinho Leve" com características muito próprias que o tornam bastante apreciado, em especial no tempo quente, importa também referir os espumantes com IG Lisboa.

Garrocha Wines

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"Em Alenquer ainda hoje corre o boato de que nos terrenos debaixo do portão da Quinta do Garrido, na freguesia de Santana da Carnota, se encontram enterrados soldados franceses que por cá tombaram no tempo das invasões." A Quinta do Garrido já existia em 1873, data em que era o seu proprietário António Ferreira Leal.


A produção de vinhos remontará à data da sua fundação. No entanto, a propriedade dedicava-se principalmente à produção de uvas de mesa e de frutas. A quinta ficou na posse de Francisco Caetano da Rocha Macieira e da sua mulher, Maria Adelaide Gomes da Rocha Macieira após Mário da Costa Arrenegado, pai da atual proprietária a ter cedido. A família Macieira começou desde logo a reestruturar a propriedade com novas plantações e com a modernização da adega já existente. Após o falecimento de Mário da Costa Arrenegado, Maria Adelaide Macieira herda mais duas Quintas no concelho de Alenquer – a Quinta da Gaia e a Quinta de Sans-Souci.



A Quinta da Gaia já existia em 1303, quando D. Dinis deu licença a Domingos de Gaia para fazer uma Azenha na Ribeira de Alenquer, embora actualmente não existem vestígios dessa azenha.
A Quinta de Sans-Souci é um nome composto por duas palavras de origem francesa e tem como significado “livre de cuidado”. A Quinta foi fundada pela década de 1830 e mais tarde adquirida por Bento Pereira do Carmo para sua residência. As três Quintas, juntamente com mais algumas parcelas em Alenquer e uma no Sobral de Monte Agraço, originaram a Sociedade Agrícola Quinta do Garrido, em Abril de 2003. Francisco Caetano Rocha Macieira é natural de Sobral de Monte Agraço e todos na família estiveram relacionados com a agricultura. O atual proprietário acabou por gerir as Quintas com o seu sogro, Mário Arrenegado. Maria Adelaide Macieira, nascida em Santana da Carnota, está igualmente desde cedo inserida no meio agrícola. O filho único do casal, também de seu nome Francisco Macieira, seguiu o caminho vitivinícola da família. Licenciou-se em engenharia agronómica e mais tarde realizou um mestrado em enologia. Começou a trabalhar em enologia em Portugal e mais tarde na Austrália, acabou por voltar em 2013 para gerir em conjunto com a família a SA Quinta do Garrido.

As vinhas Com mais de 40ha de vinhas espalhadas por quatro terroirs diferentes correspondentes a três Quintas e uma parcela, casa casta foi plantada no terroir em que melhor se adaptava às condições edafoclimáticas ai presentes.
Na Quinta da Gaia com solos de aluvião e temperaturas muitos elevadas durante a maturação foram escolhidas as castas francesas Syrah e Alicante Bouschet (das primeiras vinhas de Alicante Boushet em Alenquer).
Na Quinta do Garrido com solos franco-argilosos com elevado teor em calcário as castas:Touriga Nacional, Tinta Barroca, Syrah, Cabernet Sauvignon, Tinta Roriz e Souzão (das primeiras vinhas de Sousão em Alenquer) nos tintos. Arinto e Fernão Pires nos brancos.
A Quinta de Sans-Souci com os seus solos de Aluvião e clima temperado foram a escolha indicada para a casta Sauvignon Blanc. Por ultimo, o casal do Montijo em Sobral de Monte Agraço, pelo seu clima agreste e solo de origem vulcânica, foi plantada a casta Arinto de modo extreme. As vinhas têm em média 20 anos de idade, sendo que algumas contam quase 40 anos.