Novidade
Colecção Privada DSF Grand Noir
Tinto
2020
Alentejo
Preços
Sócio
15,00 Gfa
90,00 Cx
Não Sócio
16,90 Gfa
101,40 Cx
Vendido em cx de 6 gfa x (0,75l)
  • Notas de prova
Cor vermelho profundo com alguns laivos acastanhados. Aroma complexo, frutos vermelhos maduros (amora, framboesa), notas de chocolate negro, goiaba, pimenta branca e cedro. A boca confirma os aromas, num conjunto denso e saboroso. Muito equilibrado. Final prolongado.
Designação Oficial: 
Regional

Temperatura de Serviço: 

14/16ºC

Teor alcoólico: 

15.00%vol

Longevidade: 

150anos

Harmonizações: 

  • Carnes vermelhas |
  • caça ou queijos de pasta mole.

Situações de consumo: 

Com a refeição
Observações de consumo: 
O vinho não foi filtrado nem estabilizado, pelo que irá criar depósito com o passar dos anos.
Vinificação: 
Fermentação em cubas de inox com controlo de temperatura durante 10 dias. Estágio de 8 meses em inox.
  • Castas
  • Região
  • Produtor

Grand Noir

Alentejo

collapse

O plantio da vinha nesta região data do período romano, como atestam vestígios vários dessa época, nomeadamente graínhas de uva descobertas nas ruínas de São Cucufate, perto da Vidigueira, e alguns lagares romanos.Os primeiros documentos escritos sobre o plantio da vinha datam do século XII.

Na imensidão de horizontes planos, ou quase planos, o Alentejo tem como acidentes orográficos mais importantes as serras de Portel (421 m), Ossa (649 m) e S. Mamede (1025 m).

É no entanto nas elevações isoladas que se geram os microclimas propícios ao plantio da vinha e que conferem qualidade às massas vínicas.

A posição meridional e a ausência de relevos importantes são responsáveis pelas características Mediterrânica e Continental do clima. A insolação tem valores bastante elevados, o que se reflecte na maturação das uvas, principalmente nos meses que antecedem a vindima, conferindo às uvas uma desejável acumulação dos açúcares e de matérias corantes na película dos bagos.

As vinhas localizam-se na sua maioria, em substrato geológico de rochas plutónicas (granitos, tonalitos, sienitos e sienitos nefelínicos), sendo contudo de salientar a diversidade de manchas pedológicas nas quais as vinhas são instaladas (nomeadamente manchas xistosas e argilo-calcárias).

É igualmente importante referir que os melhores terrenos são eleitos para a cultura cerealífera e exploração agro-pecuária, enquanto que a vinha e a oliveira, dada a sua rusticidade, assentam nos solos com fraca capacidade de uso.

A similitude das características organolépticas dos vários VQPRD do Alentejo acrescida pelo facto de o consumidor os associar genericamente à referida menção, justificam a Denominação de Origem "Alentejo", na qual estão incluídas as seguintes 8 sub-regiões: "Portalegre", "Borba", "Redondo", "Reguengos", "Vidigueira", "Évora", "Granja-Amareleja" e "Moura".

O Vinho Regional "Alentejano" é produzido em toda a região vitivinícola Alentejo. 

 

Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho, I.P.

Observações dos produtores acerca deste vinho: 
Representante mais novo da sexta geração da família que desde a fundação preside aos destinos da José Maria da Fonseca, Domingos Soares Franco é, para além de vice-presidente, o enólogo desta casa, e por isso referência incontornável no panorama vitivinícola da região e do país. Embora assine todos os vinhos da José Maria da Fonseca, existem uns que reserva para si como especiais. Chamou-lhes Domingos Soares Franco – Colecção Privada.

José Maria da Fonseca Vinhos

collapse

Fundada em 1834 por José Maria da Fonseca, é a mais antiga empresa portuguesa produtora de vinhos de mesa e Moscatel de Setúbal. A família Soares Franco, proprietária da empresa desde há mais de 170 anos, tem assumido um papel determinante no sector vinícola nacional.

José Maria da Fonseca nasce na região do Dão, em Nelas, a 31 de Maio de 1804. Depois de se formar bacharel em matemática na Universidade de Coimbra, estabelece-se em Vila Nogueira de Azeitão onde funda a empresa com o seu nome em 1834. Até ao seu falecimento (1884), José Maria da Fonseca, com a formação intelectual e espírito inovador, introduziu na indústria do vinho aspectos tão essenciais como a utilização do arado ou a comercialização do vinho em garrafas. Outro aspecto pioneiro foi a criação de marcas, Moscatel de Setúbal (1849), Periquita (1850) e Palmela Superior (1866) demonstrando um cuidado especial na apresentação do vinho.Para além do aumento das vendas e expansão das exportações, o reconhecimento da modernidade, asseio e eficiência "das instalações vinárias do senhor Fonseca" foram largamente comentados e elogiados. Como resultado em 1857 o rei D. Pedro V conferiu-lhe a Ordem da Torre e Espada de Valor, Lealdade e Mérito.

O Brasil cedo se tornou o principal destino dos vinhos da José Maria da Fonseca, tendo chegado mesmo a ter uma delegação no Rio de Janeiro. Este aumento da procura levou à necessidade de compra de vinhas, não só na região de Azeitão (Quinta de Camarate), como noutras regiões (Vinhas Viúva Gomes em Colares). No final dos anos 20, a recessão económica mundial e o período de instabilidade vivido no Brasil levam à venda de algum do património da empresa (como foi o caso das Vinhas Viúva Gomes, na região de Colares).

A recuperação económica e comercial da empresa chega marcada pelo génio de um grande enólogo – António Porto Soares Franco – diplomado em Montpellier e criador dos roses Faísca (1937) e Lancers (1944). O Faísca era um sucesso no mercado interno e as vendas de Lancers nos EUA não paravam de crescer (no final dos anos 60, vendiam-se nos EUA um milhão de caixas de Lancers).
Em 1945 é introduzido o primeiro vinho branco de grande sucesso no mercado nacional, Branco Seco Especial (BSE) e em 1959, é lançada a marca Terras Altas com vinhos do Dão. Os vinhos "Pasmados", inicialmente conhecidos como Branco Velho e Tinto Velho, adquirem a sua identidade própria também em 1959.

Neste período é criada uma empresa de distribuição de vinhos - a Sileno - e é feita uma joint-venture com a americana Heublein para a produção do Lancers - sendo criada a J. M. da Fonseca Internacional Vinhos. No início dos anos 80, com os resultados da venda à Heublein da sua parte na J. M. da Fonseca Internacional Vinhos, são feitos novos investimentos: aquisição de vinha (Casa Agrícola José de Sousa Rosado Fernandes, em Reguengos e da Vinha Grande de Algeruz, em Setúbal) e modernização de todo o processo de vinificação, estágio e envelhecimento dos vinhos.

É também neste período que a sexta geração da família, representada por António Soares Franco, presidente da companhia, e o seu irmão Domingos Soares Franco, vice-presidente e responsável pela enologia assume o comando da JMF. Em 1996, a empresa volta a adquirir à IDV (antes Heublein) a marca Lancers e as instalações da J.M. Fonseca Internacional Vinhos.

Outro grande investimento foi a construção de um dos mais modernos centros de vinificação da Europa que, com uma capacidade para vinificar 6,5 milhões de litros de vinho, dá resposta às crescentes exigências de um mercado cada vez mais competitivo. Paralelamente a José Maria da Fonseca foi a primeira empresa de vinhos de mesa portuguesa a obter a exigente Certificação da Qualidade ISO 9002.

Entre 1997 e 1999 são lançadas as marcas Periquita Clássico, Primum, Colecção Privada DSF e Trilogia. Dá-se também a compra da Quinta das Faias e inicia-se a construção do Centro de Vinificação Fernando Soares Franco (inaugurado em 2001). Em 2000 é criada a José Maria da Fonseca & van Zeller S.A. e adquirida no Douro a propriedade Vale da Mina e em 2001 dá-se o relançamento da marca Vinya e o lançamento das marcas Septimus e Fernando Soares Franco Garrafeira. As marcas Domini, Domini Plus e Porto Vintage são lançadas em 2002.