PROJETO BARRICA IX
QUINTA DO ATAÍDE - Vinha do Arco Tinto 2018
Um vinho “en primeur” por 50% do seu valor
A pratica de venda de vinhos “en primeur” tem sido característica de um número reduzido de produtores de Bordéus (com vinhos também em número limitado, os “grands crus”), que permitem a comercialização depois do vinho entrar nas barricas para estagiar (normalmente por um período que varia entre 12 e 24 meses) e antes de ser engarrafado. O preço de partida tem em conta o historial da Casa Produtora, as condições específicas dessa vindima e a opinião dos especialistas do mercado (cerca de 300 “negociants”). Num ano muito bom, estes valores de venda “en primeur” podem representar para o comprador, um importante benefício, em relação aos preços finais de mercado.
Nesta nona edição do Projeto Barrica, pela especificidade do vinho selecionado, o funcionamento do projeto foi alterado. Assim, em vez da aquisição do vinho ser feita quando este entra na barrica para estagiar, é feita no seu 5º ano de evolução em garrafa. Falamos de um vinho que já estagiou 14 meses em barricas e que faz um estágio mínimo em garrafa de 6 anos, sendo apenas libertado para o mercado quando o Enólogo diz que o vinho corresponde às suas expectativas (como aliás, acontece com os outros vinhos do projeto barrica em relação ao tempo que têm de passar nas barricas). Como o sócio pode compreender, se neste vinho cumpríssemos a norma de efetuar a venda quando o vinho entra na barrica, apenas o iria receber em em 2031 pelo que, em conjunto com o produtor, pensamos nesta alternativa que irá mais ao encontro das expectativas que temos em relação ao tempo desde a encomenda à entrega.
A Enoteca associou-se a um dos maiores produtores do Douro, a Symington Family Estates, empresa já à muito tempo conhecida pela qualidade dos seus Portos e mais recentemente pela qualidade dos seus vinhos tranquilos, como aliás atestam os inúmeros prémios e medalhas ganhos, não apenas pela Quinta do Ataíde – a quinta onde nasceu o vinho deste projeto barrica, mas também pelos restantes vinhos que são propriedade da Symington. A Enoteca tem mais de 40 anos de experiência na seleção e venda dos melhores vinhos. A Symington encontra-se no Douro há mais de 130 anos, a 5.ª geração de Symingtons, atualmente em atividade no negócio, tem através da tetravó materna uma linhagem que remonta 14 gerações - 1652 - aos primórdios da longa história do vinho do Porto.
A QUINTA DO ATAÍDE
A Quinta do Ataíde foi adquirida pela Cockburn’s à família Tenreiro em 1980 com o propósito de produzir vinho do Porto de elevada qualidade. Quando a Cockburn’s foi comprada pela família Symington em 2006, Charles Symington iniciou um trabalho de avaliação das vinhas do Ataíde, reconhecendo excelentes condições para a produção de vinhos DOC Douro. Hoje são aí produzidos vinhos tintos do Douro com o nome da quinta a partir de uvas de produção biológica.
O solar do século XVIII, rodeado de vinha, é testemunho do rico património desta propriedade, situada no terreno suavemente ondulado do vale da Vilariça. No início dos anos 80 do século XX, a Quinta do Ataíde foi o ponto focal do investimento da Cockburn's nesta área isolada do Douro. Foi criada uma vinha de viveiro na propriedade para dar continuidade ao valioso trabalho de pesquisa iniciado pelo lendário viticultor e enólogo da Cockburn's, John Henry Smithes na década de 1930. Contudo, foi só a partir de 1973 que foram dados os próximos passos, quando a adjacente Quinta da Chousa foi adquirida e 4 hectares de Touriga Nacional foram plantados usando garfos (a parte da videira inserida - ‘enxertada’ - na raiz, ou ‘porta-enxerto’) retirados da vinha original plantada no período anterior à guerra. Os resultados nesta vinha ficaram aquém das expectativas e o então responsável pela viticultura, Miguel Côrte-Real, determinou que o problema residia na fraca qualidade dos porta-enxertos. Nesse sentido, encomendou de França porta-enxertos livres de vírus com os quais estabeleceu um viveiro próprio na Quinta da Chousa. Posteriormente, Miguel Côrte-Real fez uma seleção cuidadosa de 1800 das melhores varas de Touriga Nacional da Chousa para enxertar na Quinta do Ataíde quando foi adquirida em 1980. O sucesso destas novas vinhas de Touriga Nacional atraiu a atenção de muitos agricultores, e a Quinta do Ataíde tornou-se desde a década de 80 a principal fonte fornecedora de varas desta casta para um número significativo de plantações no Douro.
Desta forma, o trabalho desenvolvido na Quinta do Ataíde foi determinante para salvar a Touriga Nacional, contribuindo para a reintrodução desta casta por todo o país. A Quinta do Ataíde estará para sempre ligada à recuperação da Touriga Nacional, uma casta que quase desapareceu, foi a partir de garfos do viveiro da Quinta do Ataíde que uma grande parte da Touriga Nacional do Douro foi replantada.
Continuando a tradição de pioneirismo em viticultura, em 2014, Charles Symington plantou na Quinta do Ataíde uma coleção de castas experimental. Esta nova vinha é constituída por 53 diferentes castas da espécie Vitis vinifera, sendo 29 tintas e 24 brancas, incluindo castas autóctones cuidadosamente retiradas de vinhas antigas de toda a região do Douro, assim como de outras regiões vitivinícolas portuguesas, e ainda algumas castas originárias de outros países cujo objetivo é atuarem como referência. Este é o primeiro campo ampelográfico com esta escala no norte de Portugal, cujo objetivo é preservar a diversidade genética das castas do Douro, assim como permitir o estudo do seu potencial. Esta vinha de pesquisa, a única do género na região, estuda a adaptabilidade das diferentes castas às condições específicas do Douro. A realidade das mudanças climáticas tornou este campo ampelográfico mais relevante do que nunca. A equipa de viticultura da Symington identificou várias castas que estavam quase esquecidas e que poderão ser adequadas para futuras plantações nos variados terroirs do Douro.
A Quinta do Ataíde tem 81,1 ha de vinha cultivados de modo biológico desde 2007, não são usados herbicidas há muitos anos, sendo as ervas daninhas de todas as vinhas retiradas manualmente utilizando podadoras de altura e tratores com alfaias. O clima durante o ciclo de crescimento vegetativo da vinha é ideal para a prática da viticultura biológica e garante boas condições para a saúde das vinhas e, por conseguinte, do seu fruto. Quem visita a Quinta do Ataíde, com a sua localização no excecional vale da Vilariça, fica maravilhado com a abundância e a diversidade de vida selvagem existente nas suas vinhas.
Em 2016 foi adquirida a propriedade contígua da Quinta do Carrascal, incorporada de seguida no Ataíde, o que resultou na duplicação da área total, acrescentando 31 hectares de vinhas aos 81 hectares existentes (totalizando 112,4 hectares).
O TERROIR DA QUINTA DO ATAÍDE
Perto da Quinta do Ataíde, a falha geológica atinge maior extensão, formando o que se conhece como a bacia da Vilariça. Duas "paredes de granito" protegem um vale fértil e abençoado com um microclima de caraterísticas mediterrânicas. Quando comparado com as íngremes encostas da parte principal do vale do Douro, o vale da Vilariça é apenas suavemente ondulado. A separação das placas tectónicas da Península Ibérica há milhões de anos deu origem à formação de um lago no meio do vale, criando condições em que o granito e o xisto tradicional do vale do Douro são complementados por uma componente de solo superficial aluvial. Isto, por sua vez, criou condições únicas para a viticultura e um terroir específico impossível de encontrar noutras partes da região do Douro.
Além do tradicional xisto, é possível encontrar três tipos de solo distintos: solos franco-arenosos, solos franco-limosos e, em alguns lugares, solos franco-argilosos, com a sua caraterística propensão para a retenção de água. O pH do solo é quase neutro, em contraste com grande parte da região do Douro localizada a oeste da barragem da Valeira, onde os solos tendem a ser ligeiramente ácidos. Todos estes fatores dão origem aos sabores únicos e específicos dos vinhos do Ataíde. O vale da Vilariça apresenta condições únicas para a produção de vinho DOC Douro.
A Quinta do Ataíde situa-se entre os 138 e os 172 m sobre o nível do mar e tem a precipitação média anual de 502 mm, bastante baixa quando comparada com os 640 mm do Pinhão e os 849 mm da Régua.
A temperatura média durante o ciclo de crescimento da vinha é de 16°C, o que é comparável às médias que ocorrem noutras zonas de referência da região do Douro. No entanto, invernos mais frios e verões mais quentes fazem parte desta média, o que, combinado, cria condições únicas para o desenvolvimento das videiras e das uvas nesta propriedade. Com as altas temperaturas de verão e a quase total ausência de precipitação durante julho e agosto, a viticultura de sequeiro na Quinta do Ataíde seria praticamente impossível.
Um criterioso uso da rega gota a gota garante a proteção das videiras contra o stress hídrico excessivo e evita a desidratação. A água utilizada provém da albufeira de Ribeiro Grande e Arco, localizada próxima da quinta, a qual retém as chuvas que caem durante o inverno com o objetivo de permitir a agricultura nessa parte do vale da Vilariça. A quantidade de água irrigada é rigorosamente controlada, a fim de que o rendimento médio por videira seja limitado, mantendo a riqueza e a concentração pelas quais os vinhos do Douro são tão conhecidos. Um sistema de sondas subterrâneas mede a humidade do solo em diferentes partes da quinta, o qual é complementado por medições diretas do potencial hídrico da vinha, medições essas feitas de madrugada, com o objetivo de aferir com maior precisão o estado hídrico das videiras. Tal permite à equipa de viticultura empregar a rega gota a gota apenas quando é estritamente necessário.
VINHA DO ARCO
A Vinha do Arco, certificada pela sua viticultura sustentável, é uma pequena parcela da Vinha do Ataíde onde foi plantada, por Miguel Côrte-Real no início dos anos 80, a Touriga Nacional como parte integrante de um programa pioneiro para recuperar a casta.
Numa altura em que muitos viticultores optavam por outras variedades mais produtivas, Miguel Côrte-Real, responsável pela Viticultura da Cockburn's, tinha identificado que o maior problema da Touriga Nacional no Douro era a qualidade dos porta-enxertos. Nesse sentido, encomendou de França porta-enxertos livres de vírus com os quais estabeleceu um viveiro próprio da empresa, conhecido como Vinha de Pés-Mães, na Quinta da Chousa.
Posteriormente, em 1980, aquando da compra da Quinta do Ataíde pela Cockburn´s, Miguel Côrte-Real plantou uma parcela com 1800 videiras de Touriga Nacional vindas da Vinha de Pés-Mães da Quinta da Chousa. A esta nova parcela deu-se o nome de Bloco 63, que mais tarde viria a ser conhecida como Vinha do Arco.
O sucesso destas novas vinhas de Touriga Nacional atraiu a atenção de muitos viticultores, tendo tornado esta plantação de Touriga Nacional do Ataíde na principal fonte de varas desta casta para um número significativo de plantações no Douro. O papel desta vinha na reintrodução da Touriga Nacional como uma das principais e propagadas castas portuguesas foi fundamental para evitar a sua extinção.
Aquando da compra da Cockburn's pela família Symington em 2006, a Quinta do Ataíde, dada a qualidade das suas uvas, passou a integrar o plano da família para a produção de vinhos DOC Douro. A inegável qualidade e fantástica evolução em garrafa da Touriga Nacional na Vinha do Arco levaram à decisão do lançamento do vinho "Quinta do Ataíde Vinha do Arco". Uma decisão acertada, conforme comprovam as classificações e medalhas obtidas pelas duas colheitas que foram para o mercado até à data.
Quinta do Ataíde Vinha do Arco
- 89+ pontos - The Wine Advocate Dez. 2019 (Colheita 2016)
- Medalha de Prata - Concurso Vinhos de Portugal 2022 (Colheita 2016)
- 18 pontos - Revista Grandes Escolhas Dez. 2022 (Colheita 2016)
- Medalha de Ouro - Concurso Vinhos de Portugal 2023 (Colheita 2016)
- 92+ pontos - The Wine Advocate Jul. 2022 (Colheita 2017)
- 94 pontos - James Suckling Dez. 2023 (Colheita 2017)
A evolução destes vinhos em garrafa é de tal forma sublime que recentemente foi lançado um vinho da colheita de 2008, com um estágio de 15 anos em garrafa, que reuniu a opinião unânime dos críticos como um vinho irrepreensível. Em homenagem ao trabalho realizado para a elevação da Touriga Nacional à qualidade que hoje tem, foi-lhe dado o nome de Quinta do Ataíde Vinha do Arco Parcela Bloco 63.
ENOLOGIA
O Vinha do Arco tinto 2018, deve-se ao trabalho de um sem número de mãos dedicadas, a equipa de enologia DOC Douro da Symington. Desta equipa destacamos os dois grandes responsáveis pelo vinho do Projeto Barrica, os enólogos Charles Symington e Pedro Correia.
CHARLES SYMINGTON
Nascido em 1969 no Porto, Charles Symington provém de uma longa linhagem de produtores de Vinho do Porto. Crescer no meio desta rica herança vinícola, acelerou a sua curva de aprendizagem. Não só o seu pai, mas também os seus tios, primos e colegas foram fundamentais para aprofundar o conhecimento sobre a enorme diversidade de terroirs do Vale do Douro. Quando começa o seu trabalho na Symington's, em 1995, sentiu-se privilegiado por se juntar a uma das empresas produtoras de vinho mais antigas de Portugal, ao mesmo tempo que sentia um grande sentido de responsabilidade para estar à altura da tarefa e fazer o que se esperava dele. Tendo o pai como mentor e professor durante a primeira década na empresa, antes da sua reforma, deu-lhe um profundo conhecimento das vinhas do Vale do Douro, onde a família Symington trabalha há gerações. Complementa a sua licenciatura em Ciência Alimentar no King’s College de Londres com um mestrado em Viticultura e Enologia da Universidade de La Rioja. Também se familiarizou muitas das regiões vinícolas mais dinâmicas do mundo, tanto no “velho” como no “novo” mundo, fazendo vindimas na Austrália, Califórnia, Bordéus, África do Sul, Madeira e Chile.
Em 2003 recebe o prémio Fortified Winemaker of the Year, no International Wine Challenge em Londres. Em 2006, 2012 e 2015 recebe em Portugal o prémio de enólogo do Ano (Vinhos Fortificados).
PEDRO CORREIA
Nascido em 1965 no Porto, Pedro Correia vem de uma família de viticultores do Douro (Santa Marta de Penaguião), e desde pequeno que participava em vindimas e convivia com o dia-a-dia da viticultura duriense. Foi neste ambiente que ganhou desde muito cedo uma enorme afinidade e interesse pela viti-vinicultura, o que, em 1983 o levou aos estudos superiores em Vila Real. Aqui, até 1988 frequenta a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde faz a sua Licenciatura em Engenharia Agrícola. Mais trade, de 1993 a 1995 faz a sua Pós-graduação em Enologia / Associate Diploma of Applied Science (Winegrowing), pela Charles Sturt University, Wagga Wagga, NSW, Austrália. Pedro começou o seu percurso profissional em 1989 como Técnico Superior do Instituto do Vinho do Porto, com funções no laboratório e Câmara de Provadores, onde ficou até 1994, ano em que se torna Enólogo consultor na Quinta de La Rosa (até 1999). De 1996 a 1999 abraçou um novo desafio como Enólogo na Gran Cruz e desde 1999 é Enólogo na Symington Family Estates, com a responsabilidade de coordenar as equipas no desenvolvimento dos diferentes projetos de vinhos tranquilos em que a Symington se foi envolvendo ao longo do tempo (gama Altano, vinhos DOC Douro da Quinta do Vesúvio, Quinta de Roriz, Quinta do Ataíde, Prats & Symington e, mais recentemente, Quinta da Fonte Souto em Portalegre).
O ANO VÍTICOLA 2018 NA VINHA DO ARCO
Embora 2018 tivesse começado muito seco, com os solos ressequidos pelo défice de chuva do ano anterior, a primavera trouxe chuva abundante com os meses de março e abril a registar precipitação acima da média. As reservas aquíferas ficaram bem repostas para o ciclo de crescimento e maturação. As condições húmidas e de instabilidade atmosférica da primavera persistiram pelo verão, diminuindo o tamanho da colheita. Inevitavelmente, o ciclo da vinha atrasou-se, mas um agosto quente e seco acelerou as maturações. As condições climáticas no início de setembro favoreceram maturações homogéneas das uvas, conferindo-lhes bons níveis de acidez que se refletem no equilíbrio deste vinho. As produções foram bastante baixas, mas isso favoreceu a elevada qualidade que os vinhos apresentam.
VINHA DO ARCO TINTO 2018
Vindima, Vinificação e Estágio
Produzido exclusivamente a partir de Touriga Nacional, das parcelas na Quinta do Ataíde denominadas ‘Vinha do Arco’, cujas vinhas foram plantadas no início da década de 1980. A plena maturidade destas cepas está na origem de vinhos que aliam excelente concentração, estrutura e elegância.
As uvas foram vindimadas para caixas de 20 Kg e transportadas para a Adega de Reservas na Quinta do Sol. À chegada, foi feita uma escolha manual dos cachos em tapetes de escolha onde cachos danificados, ou abaixo do nível pretendido, ou com graus de maturação pouco uniformes, são rejeitados. Os cachos selecionados são então desengaçados num sofisticado desengaçador de pêndulo que separa seletivamente apenas os bagos desejados do engaço, mantendo-os inteiros e deixando no engaço qualquer fruto desidratado ou em condições menos boas. Os bagos escolhidos são então submetidos a uma segunda ronda de seleção; desta vez são rastreados à máquina de modo a que qualquer material desidratado ou indesejável remanescente seja automaticamente removido. Os bagos duplamente selecionados são então transferidos por efeito da gravidade (não bombeados) para as cubas de fermentação, onde são suavemente esmagados por rolos, à entrada das cubas, evitando assim qualquer oxidação prejudicial.
A fermentação alcoólica foi realizada em cubas de inox seguidas individualmente e as temperaturas, os movimentos de maceração (remontagens e delestages) ajustados, de modo a realizar o potencial máximo das uvas. Concluída a fermentação alcoólica, prosseguiu-se com a maceração, em que o contacto do vinho com os sólidos, promove o reforço da sua estrutura pela extração dos taninos das grainhas.
A Adega dos Reservas está inserida na adega da Quinta do Sol construída em 1996. Na adega da Quinta do Sol, encontramos uma uma estrutura para a produção de vinho do Porto e outra para a produção de DOC Douro. A adega DOC está dividida em duas secções, uma para a vinificação de vinhos de maior volume e a outra, a Adega dos Reservas, dedicada exclusivamente à produção de vinhos premium e super-premium, como é o caso deste Quinta do Ataíde Vinha do Arco tinto 2018.
Após o termo da fermentação maloláctica, o vinho é então transferido para barricas de carvalho francês de 400 L (60% novas e 40% de segundo ano) onde decorre um primeiro estágio de 14 meses. Estas barricas, produzidas com madeiras de diferentes proveniências e com perfis de tosta específicos, têm origem em tanoarias escrupulosamente selecionadas para o “Vinha do Arco”. Durante o estágio em madeira dá-se uma evolução aromática e a estabilização gradual da cor pela presença importante do oxigénio (microoxigenação natural).
Após o período de estágio em barrica, o vinho é filtrado e engarrafado e é neste ambiente redutor (sem oxigénio) que irá continuar a evoluir, agora em garrafa, num processo complementar de consolidação das suas componentes aromática e gustativa, até ao momento considerado tecnicamente ideal, para ser libertado para o mercado.
VINHA DO ARCO TINTO 2018
Notas de prova - Setembro 2024
Neste momento, o Vinha do Arco tinto 2018, apresenta uma cor rubi/granada, destacando -se no nariz aromas florais em harmonia com notas balsâmicas de caruma, resina e menta envolvidas por leves traços de baunilha provenientes do estágio em barrica. Na boca a excelente acidez dá-lhe uma frescura notável e os taninos redondos sublinham a vivacidade dos sabores de frutos negros. Compacto e com nervo, já temos aqui um magnifico vinho com as notas de boa evolução em garrafa a dar-nos a indicação de uma evolução favorável para os próximos anos, confirmando também o seu potencial de guarda.
COMO PARTICIPAR NO PROJETO BARRICA
QUINTA DO ATAÍDE VINHA DO ARCO TINTO 2018
QUE PREÇO?
- Até 28 de Fevereiro de 2025 pode adquirir este vinho a € 12,50 por garrafa;
- De 1 Março a 31 de Agosto de 2025, poderá adquirir cada garrafa a € 18,75;
- A partir de 1 de Setembro de 2025 entrará em vigor o preço de mercado, i.e., € 25,00 por garrafa.
QUE QUANTIDADE?
Cada barrica deu origem a 528 garrafas de 750 ml, ou seja 88 caixas de 6 garrafas por cada barrica. Cada participante ou co-proprietário poderá adquirir:
QUANDO RECEBO O MEU VINHO?
A entrega do vinho será efetuada depois do estágio em garrafa e quando o enólogo der a sua aprovação para o vinho ser apresentado. Considerando as anteriores colheitas, esperamos que seja entre Outubro e Dezembro de 2025.
Notas:
- Cada participante será convidado para provar o Quinta do Ataíde Vinha do Arco 2018, na Quinta do Ataíde em data a determinar.
- A Enoteca garante a entrega deste vinho ou a devolução do valor caso a qualidade do vinho não corresponda à qualidade expetável.
Para mais informações e/ou encomendas por favor envie um e-mail para [email protected]